Terça-feira, 11 de Agosto de 2015

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Da terra impenetrável, foram criadas verdadeiras maravilhas, verdadeiros milagres..
Nunca a minha força de vontade, por muita que fosse lá chegaria...
Estava mais só que um ermita... Mas um ermita está em paz..
Eu não estava em paz. Eu estava numa zona escura de mim, que nem conseguia lembrar-me de comer...

Se amor existe.. Isto é amor.. O esforço de outros para que eu me aguente.
Para que eu sorria... Mesmo que me pese olhar para todo o trabalho que devia ter sido feito por mim.

Lembro-me da primeira pedra que arranquei. Tive que tirar paletes de terra para remover uma pedra pesada como eu me tornaria dai a nada...
O orgulho foi enorme... Consegui...
Lembro-me do mato que cortei... Dos aranhões... Do cansaço... Das fogueiras imensas para queimar lixo...

Lembro-me de pensar: "nem daqui a décadas consigo chegar a algum lado.."

Desisti... Parei... Ordenei-me meses a fio por vários despertadores e lembretes que me lembravam o que fazer e a que horas.

Já estava sozinha há tantos anos na companhia de alguém que nunca me viu...

O mato voltou... Todo o meu esforço se foi... Apenas um girassol sobreviveu...
Por isso enquanto eu for gente.. Estarei rodeada de girassóis... Por um sobreviveu... Uma pequena parte de mim, sobreviveu-me e deu-me alento para continuar...

Não é um continuar como eu esperei. Mas a vida é assim mesmo.

Ainda tenho o melhor de mim. Os meus valores. As minhas crenças.

Já não as vivo... Mas ensino-as...
Ser honesto.
Trabalhar para viver e não viver para trabalhar.
Nunca depender de ninguém.
Nunca fazer aos outros o que não queremos para nos.
Nunca julgar.
Ter sempre tempo para ser um
Ombro amigo.
Lutar pelo que se quer. Sempre. Viver de amor.
Apaixonar-se várias vezes, pela mesma pessoa...

Não, já não vivo tudo disto, não posso... Mas acredito nisto e quem me conhece, sabe que ensino isto...

A humanidade seria um lugar melhor se nos respeitássemos uns aos outros.

Fui programada para respeitar. Pisei o risco. E, agora tenho saudades dos pisares de riscos quando somos adolescentes... Agora não há rede de segurança por baixo...
Se cair, caio em cimento duro... E não tenho como sobreviver a tal...

Não tenho o direito de pensar em mim. Terei um dia, se fizer tudo bem agora... E um dia, terei tempo para mim, e terei saudades do tudo o que me prende neste momento...

Mas aí... Já tudo estará bem. Já todos serão adultos... E se aprenderem o que lhes ensinei, adultos felizes com uma doce, saudável e maravilhosa vida pacata....

É tão bom ter esse tipo de vida. Trabalhar... Chegar a casa.. Descansar... Viver...

O meu velhinho dizia: "escreva, Armanda, escreva sempre, nem que seja num guarda napo de restaurante e depois guarde tudo numa gaveta..".

E eu já escrevia... Há tantos anos.. Páginas e páginas por dia... Que destruí... Que pena a minha... Que me dera ler o que eu escrevia naquela altura..

Tenho tanta pena que se calhar todos os seus pequenos guardanapos foram para o lixo... Eu guardo todos...

Caixas de cartas dos meus pais... Algumas de amor... Algumas discussões... Mas nada como o que fica escrito...

O meu velhinho não está cá..
Não está aqui para me passar a mão na cabeça e dizer-me que tudo vai correr bem...

E eu grito a alto e a bom som que tudo vai correr bem... Mas na realidade, morro de medo... Porque eu não sei se estou a altura ... E por quanto tempo me aguentarei...

Se ele estivesse aqui, ele ia relembrar-me quem sou.
Ele estaria tão orgulhoso de saber o que fiz...
Ele daria-me a certeza que tudo vai mesmo correr bem, porque segundo ele, a minha natureza é essa, é fazer com que todos fiquem bem...

Se não sei o que são saudades? Claro que sei....
Nunca nenhum amigo me amou, me respeitou e me conheceu, com o paternalismo e dignidade deste homem...

Faz-me tanta falta a sua sabedoria neste momento... E mesmo assim... Ainda o oiço...
Até adivinho o que me diria...
Aqui a morte não existe. A saudade sim... E espero sinceramente que a vida após a morte exista. E que ele me receba de braços abertos e me diga "eu sabia que eras capaz.".

Amanhã faço-lhe uma visita... sem falta.



publicado por maaf às 20:43
Domingo, 09 de Agosto de 2015

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Saudade é palavra da nossa gente. 

Os Brasileiros dizem "sinto sua falta"

Em inglês: Miss you..

Francês: Toi me manque.. 

 

Será que só os Portugueses entendem o verdadeiro significado de um amor que leva à saudade?

Maybe... 

 

Neste momento, nem falo de saudades de um amor, ou de uma rotina, ou de uma vida que já se foi, ou de um novo amor, ou de momentos bons..

Falo de saudade de estar com o sangue a bombar na minha cabeça enquanto meto ordem nas tropas... Saudade de quem me faz viver, todos os dias... 

 

Mas aproveitando o tema... Já não sabia muito bem o que era ter saudade, sentir falta de um condimento na panela da vida...

 

Já não me lembrava do cheiro, do sabor do gengibre... 

Está entre o citrino e o picante... o estranho e a novidade, e uma vez que se prova, ficasse a adorar..

Se me esqueço de comprar, não me faz falta, habituei-me a viver sem o beijo doce, ou o amargo do gengibre, ou o seu belo toque picante.. 

 

e rapidamente me esqueço que gosto disto... 

Quando se abre a porta, é dificil fechá-la.... O primeiro passo, por mais inocente que seja, é o mais errado de todos, (ou o mais acertado), mas é o primeiro passo que nos leva à saudade, à vontade de viver aquilo, seja o que for, e eu não gosto de sentir saudades.

 

Não gosto de dar razão. de dizer: "Sim, é isto que eu quero, ou é isto que eu preciso."

Detesto perder o controle de mim mesma. 

Demorei anos a dominar emoçoes, sentimentos, coisas assim... 

É bom que eu entenda que ainda tenho capacidade para mais....

Fico feliz por saber que ainda sou capaz de sofrer... que perco mão sobre mim...

Mas saudades? Por favor... Tudo menos isso...

 

Saudade é sinonimo de amor... As coisas práticas são mais simples...

 

So help me God!!!!!!!!!!! lol 



publicado por maaf às 23:57
Sexta-feira, 07 de Agosto de 2015

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Chamas-lhes fazer amor

Eu chamo-lhe sexo.

Chamas-lhe relação,

Eu chamo-lhe momentos

E se calhar só estamos a dar nomes diferentes as mesmas coisas...

Não sei o que me reserva o amanhã.

Sei que o hoje foi muito gentil comigo..

Amor, sexo, papoilas nos campos ou a atenção de uma rosa.... O que importam os pormenores? Tudo.

Os planos realizados a risca que tantos anos fiz, e agora me fazem impressão... Não desta forma... É uma forma docemente pecadora de controlar e magnificar um bom momento..

Relação? Não o diria... Mas mesmo com tudo tão planeado, o que não está planeado é sempre o melhor...

Sentir a natureza a volta ( por desconfortável que seja) A vontade de dois corpos se quererem... Não há igual... Só quero que me possuas aqui agora e já.

Quero lá saber se alguém vê... Ninguém vê... Quero lá saber do resto do mundo... Quando as estrelas nos olham e quase acenam a dar consentimento para que sim...

Se queres, faz... Não penses... Diz a minha cabeça a mim mesma... E fiz. Fizemos...

Completas-me fisicamente de uma forma que não consigo explicar... Quando me tocas, não são 14,5v@.... São 220v de pura tensão que tem que ser apaziguada... E quando fazemos amor, eu conheço-te...

Não por falares sem parar... Conheço-te ao ponto de me dar ao luxo de esquecer tudo o que disses-te para poderes repetir mais tarde...

Mas conheço os desejos do meu corpo no teu... O meu corpo que te procura em todos os momentos possíveis... Um amor que não te encontra em palavras lamechas, mas em puro desejo carnal.. Desejo de estares dentro de mim sempre que possível...

Desejo que me faz conhecer-te há séculos... Que me faz querer-te por séculos... Que faz de mim uma adolescente e uma Adulta sabia na mesma palavra...

Amanhã??? Amanhã não sei. Ninguém sabe. Mas hoje. Hoje eu sei que é possível. É possível que as estrelas falem... É possível controlar ciúmes que não podem existir.. É possível ouvir sem querer mandar calar. É possível amar. Mesmo que seja apenas por um momento. Em que o mundo pàra.

E nos não somos relação. Nem momentos.. Nem coisa algumas. O tempo pára para vermos as estrelas e sermos nos...



publicado por maaf às 00:41
Segunda-feira, 03 de Agosto de 2015

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"Vai a merda com teu bom senso..."

Esta seria uma frase perfeita para te dizer "adoro-te"... Não tenho coração... Sou fria... Sou má. Não dou hipóteses.. E sim, vou a merda com a porra do meu bom senso.. Mas, é bom que, mesmo havendo apenas um buraco no meu peito, pela primeira vez, sinto a dor do buraco... O tempo cura tudo I'll see you soon.



publicado por maaf às 14:54
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